17 de jul. de 2011

NASCEU O SOL E NÃO HA MORTE QUE ME DESTRUA



Vez por outra sou atacada por um inimigo atroz: eu mesma. Delimito meu mundo e meus únicos vizinhos tornam-se meus desejos; sem reconhecer a ferocidade dos meus egoísmos, contento-me com minha insignificância. Nessas alucinações loucas, descubro a raiz de meus egocentrismos. Ele acontece quando, depois de me interessar por quem não valia a pena ,lutar para realizar um sonho,lutar pela saúde,lutar por verdades espirituais e propor um mundo mais justo, sou acometida pelo desejo de mandar tudo para o inferno por puro desespero e falta de esperança e cuidar só do estreito quintal de minha vida. 
  Há pouco tempo deu-me uma vontade louca de desistir de tudo e me mudar para bem longe. Meio desencantada com a vida e com pessoas, tive um ímpeto de fugir, comprar uma casinha na beira de um rio, diminuir minhas demandas financeiras e passar o resto dos meus dias lendo, pescando, rodeada de bichos,ouvindo música,plantando o que de comer... 
 Quando já me preparava para viver como uma índia selvagem(que é o que sou), sem muita preocupação senão com minha própria felicidade, por acaso, li um pequeno trecho do poeta mexicano, Amado Nervo (1870-1919). Suas palavras ressoaram dentro de mim com tanta força, que adiei minha aposentadoria e meus medos por tempo indeterminado:


“Todo homem que te procura vai pedir-te alguma coisa; o rico aborrecido, a amenidade da tua conversa; o pobre, o teu dinheiro; o triste, um consolo; o débil, um estímulo; o que luta, uma ajuda moral.o fraco, a tua força. o inseguro,a tua segurança.o mal amado, o teu amor Todo homem que te busca, certamente há de pedir-te alguma coisa. E ousas negar-te!"




Li este texto no facebook de Daniela Gonçalves e achei muito lindo, então resolvi compartilhar com vocês!

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